Sidarta Ribeiro

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Dez, Nove, Oito, Sete e Seis
Prazer de estar com vocês, salve os erês. Esta resenha não tem senha, é lenha que vale a pena, mais rica que a mega sena, mais livre que a Macarena. Vem bailar e escutar a música do menino dançando para os teus. T. e os seus, suas sues, seres eus. Escuta o som do canto do deus que mora na letra que não se esqueceu. Escuta o ateu, o Prometeu, o remexeu. Escuta o anjo e o zebedeu. No silêncio ensurdecedor do cinismo que não quer calar para ouvir a criança falar. Chhh… agora é a hora de escutar. Reverberar, imaginar, deitar e rolar!
Cinco
O que virá, soará? A começar por celebrar a sorte de estar vivo e ser amado – e se amar. A sorte de navegar, depois de tantas e tantos que boiaram no ar. O acaso do acasalar, acaso do acaso do acaso e por acaso me caso, descaso ou recaso. Com homem ou mulher, não vem ao caso, o que quiser, o que será ou é. O osso do pé. O esqueleto que sente e entende que é gente, o crânio que pressente o dilema latente. Presente.
Quatro
Os monstros que de repente invadem o tédio da mente. O inconsciente. O que se tolera é o que se agradece, olha aí… À frente. Carregando o peso todo de si, o peso pena e o pesado, o peso perdido e o achado. O monotema nascido Sísifo, caiu Narciso e sifu. Fisso. A vida é assim. Pisar na bola, parir. O recomeço de mim, o devir assim sem fim.
Três
Louvada seja a beleza da coisa que não tem nome, pois no mundo não há quem dome o sonho da natureza. E a sua prova? Esqueça. O Enem da vida é incerteza. O que interessa é seguir na Amornia. Em confiança e clareza. Limpeza. Em dia.
Dois
Noite e dia na ressonharia do poeta. O resto se acerta, se ajeita, se fia. A vida organiza a treta. Desenroscou a carrapeta? Refaz o giro, a gira, a seta. Antes de saber eu também não sabia.
Um
Alegria!

Sidarta Ribeiro

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