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“Perguntas do T.” é o projeto audiovisual contínuo que o artista T. Greguol vem produzindo desde 2016.
Consiste de pequenos episódios de no máximo dois minutos de duração, com uma estrutura fixa, onde o artista faz as mesmas cinco perguntas para diversas pessoas de diferentes classes sociais, crenças, culturas, etnias, gêneros, idades e profissões.
O projeto conta 219 pessoas que responderam às seguintes perguntas, na mesma ordem e sem intromissão do “entrevistador”:
1. Qual o seu nome?
2. O que você faz?
3. Quem é você?
4. (Pergunta surpresa sorteada na hora pelo próprio “entrevistado”).
5. Qual é a coisa mais importante de todas para você?
Ao perguntar as mesmas coisas para uma grande amostra de pessoas, pretende-se de forma científica/artística, vislumbrar características importantes sobre a pessoa que responde. E, em longo prazo, sobre a pessoa que pergunta.O fato de ser um projeto audiovisual contribui para esse estudo. As expressões faciais, os olhares, a linguagem corporal e as palavras escolhidas, unidas às respostas em si – sinceras ou não -, produzem um retrato completo.
O “Perguntas do T.” Pode ser experimentado de diferentes formas…
POR EPISÓDIO: ao assisti-los separadamente, o espectador formará uma ideia sobre aqueles dois indivíduos na tela.
COMO SÉRIE: ao assistir vários episódios, o espectador começa a formar um panorama geral onde se observam diferenças, peculiaridades e também o que perpassa todos eles.
CÁPSULA DO TEMPO: o “Perguntas do T.” vem sendo feito desde 2016, e já é possível olhar para os episódios mais antigos e notar um outro tempo: a tecnologia, as aparências, a interação, as respostas que, sem explicação, se repetem num período e depois são completamente esquecidas noutros em que houvesse conhecimento entre os entrevistados. É possível enxergar ondas.
REFLEXÃO: as perguntas são feitas aos indivíduos, mas os espectadores invariavelmente acabam se perguntando as mesmas coisas. É possível que as perguntas sigam ecoando nas mentes, por serem reflexivas, pitorescas,excêntricas…
ENTRETENIMENTO: os episódios são tão curtos que é possível assistir a vários de uma vez. Não há uma ordem que os conecte; logo não há necessidade de “pegar do começo”. São tantos episódios que seria preciso pelo menos cinco horas ininterruptas para conseguir assistir a todos, fazendo assim que a obra “renda”, possibilitando àqueles que gostarem da experiência, que voltem e assistam mais. O projeto visa a variedade, apresentando vozes anônimas bem como vozes públicas.
São usados alguns critérios para a escolha dos convidados: a intuição do artista, a igualdade de gêneros, a variedade cultural e, claro, a vontade de participar.
A ideia é chegar a 365 episódios, ordenados em ordem alfabética, como um livro dividido em verbetes, que são os indivíduos.
www.tgreguol.com.br
